sábado, 13 de junho de 2015

Um mês em Buenos Aires e seis constatações

1 - Ir ao supermercado é uma tarefa muito simples se na hora de ir ao caixa você responder corretamente às duas perguntas que o operador faz. A resposta para a primeira pergunta é sim, para a segunda é não. A primeira pergunta é se você precisa de uma sacolinha, a segunda eu nunca entendi muito bem, mas às vezes tem a ver com algum cartão de descontos ou de pontos. Eu sempre disse não e deu tudo certo.

2 - Gente andando de salto em apartamento sem se importar se está irritando seus vizinhos de baixo às 8 AM.  é uma prática universal. Aconteceu em todos os apartamentos que morei no Brasil (em Balneário Camboriú & Florianópolis) e continua aqui na Argentina. Não há nada que se possa fazer em relação a isso além de adquirir um protetor auricular, desses de pedreiro.

3 - Eu nunca vou me acostumar com a beleza dessa cidade. Eu sei, já toquei nesse assunto lá nas constatações dos meus cinco primeiros dias aqui, mas agora que eu moro em Belgrano isso pode ser elevado à quinta potência. Uma simples caminhada por três quadras do bairro já é capaz de melhorar o humor de qualquer um. Parece que você está andando dentro de uma pintura.


4- Aqui é tudo tão caro que você dá risada para não chorar. Esses dias quando cheguei em casa e percebi que tinha pago Ar$13 por três bananas eu ri sozinha sentada na mesa da cozinha. Mas eu queria chorar. E Ar$10 pela caixinha de leite mais barata. E Ar$40 numa salada. Eu queria chorar muito. Mas eu ri.

5 - Eu nunca vou aprender espanhol. É definitivo. Um mês aqui e meu nível desde que cheguei aumentou muito pouco. Em casa, Diego fala comigo em português na maioria das vezes, e quando fala em espanhol eu respondo em português. Fica uma conversa de loucos. A culpa é minha, eu sei, mas eu me sinto insegura porque no hostel tinha gente que ria de algumas coisas que eu falava no idioma e fico pensando que ele vai fazer o mesmo (mas ele seguramente não faria).

6 - Minha preguiça também é universal. Juli, vou a um bar com uns amigos, quer ir também?  Ah, muito frio, vou ficar em casa.  Juli, vamos ao cinema às 22h30? Ah, muito tarde, vou ficar em casa. Juli, vamos a uma prévia na casa de um amigo em Palermo? Ah, muito longe, vou ficar em casa. Isso aparentemente nunca vai mudar.

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