quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Uma não-retrospectiva

Eu não sei se não escrevo mais aqui pela falta blogs e livros que me inspirem a escrever, como ocorria há alguns bons anos, ou se é pela mais pura & sincera falta de tempo hábil. Sim, porque nas últimas semanas eu estava aprendendo a andar de skate, desmontando um quadro antigo para colocar a foto do Wayne Coyne, furando paredes, comprando tecido pra fazer capa de almofada, cozinhando, escolhendo guardanapos para a minha festinha de aniversario, assistindo os quatro capítulos novos de Gilmore Girls entre outras atividades de suma importância que acabaram bloqueando minha concentração.
Eu lembro que nos dois últimos blogs que tive antes deste, além do fato de ser desocupada, eu sentia vontade de escrever depois que lia um capítulo de algum livro ou um post em algum blog. Mas faz tempo que não leio nada que me faça esboçar qualquer sentimento. O último livro em português que li já faz uns meses, a mesma quantidade de meses que estou levando para terminar um argentino que conta historias de drogadição de alguns roqueiros famosos.
Daí estou no trabalho, no meio do mês, quando não tem relatório para fazer e posso escutar Flaming Lips tranquila com meus novos headphones cor-de-rosa, e decidi que poderia ser o momento. Mas a esta altura do ano só me restaria fazer uma retrospectiva – dessas que não interessa a ninguém. Ah, eu fazia isso também nos outros blogs. E era legal. Não era legal?
Esse ano a retrospectiva poderia ser parecida com a do ano passado, só não é por dois motivos: o primeiro é que eu não fiz uma retrospectiva ano passado, o segundo é que apesar de eu ter feito minhas malas outra vez com o mesmo destino, as coisas foram bem diferentes. Na verdade, foda-se. Não vai ter retrospectiva. Tudo o que aconteceu neste ano já ta escrito aqui. Ou quase tudo. Não contei que vi Flaming Lips, The Libertines e Iggy Pop. Pronto. Agora assim está tudo aqui.
Para o próximo ano, no entanto, não espero muito. Espero ganhar mais dinheiro para começar a viver em vez de apenas sobreviver. Espero também ver Two Door Cinema Club no side show do Lollapalooza. Espero, espero mesmo, porque custa $900. E também queria poder viajar para outro lugar que não seja o Brasil. E fazer a tatuagem que to planejando há um ano. Uma mesa nova para a sala? Talvez dois criado-mudos (criados-mudo? criados-mudos?) para o quarto. 

Bom. Acho que até lá não volto mais aqui. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário